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terça-feira, 21 de abril de 2020

As doenças na história - A Peste Negra

        Herbert Timóteo
Nathália Sampaio


Ao longo de toda a história da humanidade, desde os nossos ancestrais mais distantes, o ser humano conviveu com doenças as mais variadas, transmitidas por animais ou pelos próprios semelhantes, com as quais não havia muitos recursos para combatê-las. Se formos pensar em todo o tempo que já passou, desde que os primeiros seres humanos começaram a povoar a Terra, faz muitíssimo pouco tempo que houve descobertas importantes, como as vacinas e os remédios mais potentes, que permitiram aos médicos e cientistas combater vírus ou bactérias. Na maior parte do tempo, outras medidas foram tentadas, sendo o isolamento social uma das mais praticadas. 
       
Neste primeiro texto, iremos abordar a Peste Negra, doença que se transformou em epidemia ou em pandemia, uma vez que atingiu a Ásia, o Oriente Médio e a Europa no século XIV. Há muitas semelhanças entre a peste que abateu um quarto da população da época e a atual pandemia da Covid-19, transmitida pelo Coronavírus, assim como, obviamente, muitas diferenças. Iremos tratar, nas próximas linhas, num esforço de escrita que agrega as áreas de Ciências e História, dessas semelhanças e diferenças buscando contribuir para, à luz dessas duas áreas, compreender o momento presente.
        
Também conhecida como Peste Bubônica, a doença é causada pela bactéria Yersinia pestis e atingiu a Europa por meio de navios vindos da Ásia e que faziam as rotas comerciais desde o século XIII, principalmente a Rota da Seda. Assim como na epidemia do novo coronavírus, a principal via de acesso ao continente foi a Itália.



Inicialmente, o bacilo foi transmitido aos humanos pelas mordidas de pulgas e piolhos que parasitavam os ratos dos navios. As péssimas condições de higiene na época e as aglomerações nas cidades favoreceram a rápida disseminação. Com o tempo a peste começou a ser transmitida também pelo ar, por meio de gotículas de saliva e espirros.
         
De evolução rápida - de 6 a 8 dias -  a peste dizimou entre 75 a 200 milhões de pessoas da Europa e da Ásia no século XIV.  As principais vítimas foram as crianças e aqueles que estavam debilitados pela desnutrição ou por doenças como a tifo e a sífilis, comuns na época. 
         
Os sintomas vão desde febre alta, dores de cabeça e nas articulações, náuseas e vômitos, podendo evoluir para manchas escuras na pele (daí o nome Peste Negra) e tumores por todo o corpo - também chamados bubos (daí o nome Peste Bubônica). A taxa de mortalidade para as formas mais graves era de mais de 90 por cento. 
        
Acreditava-se que a epidemia se espalhava pelos maus odores do ar. Nesse sentido, os médicos usavam máscaras em formato de bico e com ervas aromáticas na ponta, numa tentativa - mal sucedida - de purificar o ar. Outras medidas de prevenção incluíam a quarentena obrigatória, a higiene pessoal e a incineração dos cadáveres.



Até meados do século XVII, houve mais de uma pandemia de peste no planeta e até hoje a doença existe, porém com alta taxa de cura. No Brasil, ainda há registros na região Nordeste, no Vale do Jequitinhonha (Minas Gerais) e no Rio de Janeiro. Não há vacina e o tratamento é feito à base de antibióticos e requer isolamento de cerca de uma semana.
  


6 comentários:

  1. O texto ficou muito bom.Parabéns!!
    É muito importante nós ficarmos sabendo mais sobre outras epidemias,pois isso poderá nos ajudar nós dias de hoje.

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  2. Muito bom o conteúdo, interessante pensar que estamos vivendo algo semelhante a um fato, aparentemente, tão distante na história.
    Mais interessante ainda é utilizar de uma situação já vivida anteriormente para agir rápido e corretamente, aproveitando das tecnologias que possuímos hoje.

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  3. Adorei o texto. Simples, direto e de entendimento fácil. Parabéns aos professores pela iniciativa

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  4. Comentário acima de Wania Alves Santos

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